Novos Tempos, Outros Olhares: um novo caminho para a assistência social nas Apaes do Espírito Santo

A inclusão vai além do acolhimento — ela exige transformação, participação e o fortalecimento de vínculos. Com esse propósito, a Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo (Feapaes-ES) lançou o documento norteador "Novos Tempos, Outros Olhares", um guia que redefine a atuação das equipes de assistência social dentro das Apaes capixabas.

A publicação chega para oferecer um olhar atualizado e sensível sobre as demandas das pessoas com deficiência, suas famílias e a comunidade, com diretrizes técnicas e metodológicas para fortalecer o trabalho social realizado pelas Apaes, sempre alinhado aos princípios do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

O que motivou a sua criação?
O cenário atual demonstra a necessidade de aprimorarmos os serviços ofertados para pessoas com deficiência e seus familiares. A violência, a exclusão e a falta de acesso a direitos básicos ainda são desafios enfrentados diariamente. Os dados alarmantes de notificações de violência contra pessoas com deficiência, por exemplo, reforçam a urgência de um trabalho mais estruturado e eficaz.

Além disso, o envelhecimento da população com deficiência e a busca por autonomia e inclusão no mercado de trabalho exigem novas abordagens e estratégias. Diante dessa realidade, "Novos Tempos, Outros Olhares" propõe um modelo mais humanizado, participativo e integrado de assistência social.

“Novos Tempos, Outros Olhares não é apenas um documento técnico, mas um chamado para a transformação. Ele incentiva profissionais, famílias e a sociedade a olharem para a assistência social com mais empatia, compromisso e inovação. O futuro da inclusão se constrói hoje. E essa mudança começa com um novo olhar”, destaca Vanderson Gaburo, diretor social da Feapaes-ES.

O que muda na prática?
O documento apresenta um conjunto de ações e metodologias para tornar os serviços mais eficientes e acessíveis. Entre os principais pontos abordados, destacam-se:

• Trabalho social com as famílias: fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, orientação sobre direitos e promoção da participação ativa das famílias.
• Promoção da autonomia da pessoa com deficiência: estratégias para estimular a independência e a inclusão na sociedade.
• Planejamento e gestão dos serviços: organização das ofertas de atendimento dentro das Apaes, garantindo qualidade e alinhamento com as políticas públicas.
• Integração ao mundo do trabalho: fomento a programas como o Emprego Apoiado, preparando pessoas com deficiência para a vida profissional.
• Defesa e garantia de direitos: articulação com políticas públicas e capacitação das famílias para atuar ativamente na luta por direitos.

Para ter acesso ao documento na íntegra, clique aqui.