Informação ajuda na conscientização do Autismo

Apae-ES
03 de abril de 2019
A informação é sempre a melhor forma de conscientização e, consequentemente, de inclusão. Na Semana Mundial de Consciência do Autismo, conversamos com profissionais para ajudar a desmitificar esse assunto.
A informação é sempre a melhor forma de conscientização e, consequentemente, de inclusão. Na Semana Mundial de Consciência do Autismo, conversamos com profissionais para ajudar a desmitificar esse assunto.
 
Em 1952 foi criado o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-I, sigla em inglês), um dos métodos mais utilizados do mundo por psicólogos, médicos e terapeutas ocupacionais como base para diagnósticos relacionados à saúde mental. Esse manual já passou por algumas atualizações, que é o resultado de diversos estudos e pesquisas feitas por diversos profissionais. Em 2013, foi divulgado o DSM-5, com uma nova classificação de diagnósticos. Nessa nova edição, o Autismo passou a ser tratado como Transtorno no Espectro Autista (TEA), que engloba outras especificidades, como Síndrome de Asperger e Transtorno Global do Desenvolvimento, e pode ser classificado como leve, moderado e severo.
 
O TEA é um transtorno mental – não é doença – que causa um atraso cognitivo e social, provocando uma dificuldade de interação e comunicação. De acordo com um relatório divulgado pelo Centro de Contorle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, houve um aumento de 15% no número de casos em relação aos dois anos anteriores (estimativas de 2014, divulgadas em 2018). Ou seja, 1 caso a cada 59 nascimentos.
 
Hoje, as Apaes do Espírito Santo e a Amaes realizam diversos atendimentos às pessoas com autismo. A Apae de Colatina é uma delas e conta com setor que atende apenas pessoas com TEA, no âmbito psicoeducacional   realiza atendimento clínicos, com psicólogos, terapeutas ocupacionais, dentre outros. A instituição trabalha com a linha generalista, onde todos os profissionais atuam dentro dos mesmos princípios, não enxergando a pessoa com autismo como uma parte isolada, buscando proporcionar a integração da criança na sociedade.
 
“Nós acreditamos que, quando o ambiente é fortificado através desses profissionais, ele vai ter a força necessária para modificar a condição neuropsicológica e comportamental da criança”, acredita Laila Oliveira, Psicóloga e Coordenadora do Centro de Tratamento de Autismo da Apae de Colatina.
 
A Associação dos Amigos dos Autistas do Estado do Espírito Santo, a Amaes, atende, hoje, mais de 230 crianças, oferecendo atendimento pedagógico e clínico, com profissionais nas áreas de psicologia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Além disso, a área de Assistência Social da instituição também proporciona um acolhimento para as famílias e trabalha o fortalecimento de vínculos.
 
As atividades realizadas na Amaes são voltadas para a criança de acordo com a dificuldade que ela tem, buscando potencializar o que ela tem de melhor. E é dessa forma que as escolas regulares devem trabalhar com o aluno que possui o TEA, acredita Pollyana Paraguassu, Diretora Administrativa da Amaes.  “Não é a criança que tem que se adaptar à escola, e sim a escola se adaptar para receber a criança. A partir do momento que a gente conseguir fazer uma boa convivência dentro da escola e da sociedade, a gente não vai precisar falar de inclusão”, afirma Pollyana, que é mãe de uma criança com TEA e ativista da causa.
 
Apesar de muitos estudos e pesquisas sobre o TEA, ainda não foi descoberta a causa nem a cura para esse transtorno.