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Dez perguntas e respostas sobre a realização do Teste do Pezinho no ES
APAE ES
06 de junho de 2024
06 de junho de 2024
No Dia Nacional do Teste do Pezinho, tire suas dúvidas sobre como o exame é realizado no Espírito Santo e como ele pode salvar a vida de um recém-nascido
Hoje (6 de junho), é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, um exame laboratorial essencial para a saúde dos recém-nascidos. Com a coleta de apenas algumas gotas de sangue, é possível detectar diversas doenças raras antes do surgimento dos sintomas. Devido à sua importância, o mês de junho ganha a cor lilás como forma de conscientização.
A presidente da Federação das Apaes do Espírito Santo (Feapaes-ES), Maria das Graças Vimercati, enfatizou a importância da realização do exame já nos primeiros dias de vida do recém-nascido. "O teste é fundamental para o diagnóstico de doenças congênitas e genéticas que podem resultar em deficiência intelectual ou comprometer a qualidade de vida da criança", explicou.
No Espírito Santo, o Teste do Pezinho pode ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde e nas unidades hospitalares, quando o recém-nascido permanece internado após o parto. O material coletado é encaminhado ao laboratório da Apae Vitória, credenciado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) como referência no Espírito Santo para o Programa Nacional de Triagem Neonatal. A seguir, confira as principais perguntas e respostas sobre a realização do teste:
1. O Teste do Pezinho é obrigatório?
Sim, a Triagem Neonatal Biológica (TNB), mais conhecida como Teste do Pezinho, é um exame obrigatório para todos os recém-nascidos no Brasil. O exame é simples e consiste em uma pequena punção no calcanhar do bebê para coletar algumas gotas de sangue, que são depositadas em um papel-filtro específico. Após a secagem, o material é enviado para o laboratório da Apae Vitória, que atende a todo o estado.
2. Quantas doenças são rastreadas a partir do Teste do Pezinho?
No Espírito Santo, o SUS realiza gratuitamente o Teste do Pezinho básico, que tem capacidade de rastrear sete doenças: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia congênita de suprarrenal, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita.
Em 2021, entrou em vigor a Lei nº 14.154, do Governo Federal, que prevê a ampliação para 50 doenças rastreadas pelo teste. No entanto, a implementação do Teste do Pezinho Ampliado (TPA) na rede pública ocorrerá de forma gradual.
Na primeira etapa, está prevista a inclusão de doenças relacionadas ao excesso de fenilalanina, patologias relacionadas à hemoglobina e toxoplasmose congênita. Na segunda etapa, serão detectados: nível elevado de galactose no sangue, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios de betaoxidação de ácidos graxos.
Na terceira etapa, serão incluídas doenças que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa, problemas genéticos no sistema imunológico. Por fim, a partir da quinta etapa, será testada também a atrofia muscular espinhal (AME).
Atualmente, o Espírito Santo encontra-se na primeira fase de ampliação do teste.
3. É possível ter acesso ao Teste do Pezinho fora da rede pública?
Sim, o Teste do Pezinho Ampliado (TPA) é oferecido pela rede particular de saúde e também pela própria Apae Vitória por meio de convênios ou por contratação particular. De acordo com a Lei Nº 11.565, sancionada pelo governo estadual em 2022, hospitais, maternidades e todos os estabelecimentos de saúde no Espírito Santo são obrigados a orientar os pais sobre as doenças raras não detectáveis pela triagem básica e a informar sobre a existência do TPA.
4. Qual o período ideal de coleta do Teste do Pezinho?
A coleta deve ser realizada entre o terceiro e quinto dia de vida e sempre após passadas 48 horas da primeira amamentação/alimentação do recém-nascido.
5. Em quantos dias sai o resultado do Teste do Pezinho?
O resultado do Teste do Pezinho básico geralmente fica pronto em até 4 dias úteis. Para obter mais informações sobre como ter acesso ao resultado do exame, acesse o site da Apae Vitória: https://www.apaees.org.br/vitoria/home.
6. É possível realizar o exame mesmo após o período ideal de coleta?
Não há impedimento para realizar o teste após o tempo indicado. Porém, quanto mais cedo a coleta for feita, mais precocemente será iniciado o tratamento em caso de diagnóstico confirmado. "Algumas doenças podem levar a óbito nos primeiros 15, 20 dias de vida, enquanto outras, como o hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria, se não forem tratadas em tempo oportuno, podem causar atrasos irreversíveis no desenvolvimento, como a deficiência intelectual", explicou Cristina Bravin, coordenadora técnica do Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) da Apae de Vitória.
7. Quantos testes são realizados por mês no Espírito Santo?
O laboratório da Apae de Vitória realiza, em média, quatro mil testes por mês. Segundo Cristina Bravin, esse número corresponde a cerca de 85% dos recém-nascidos do estado. Em 2023, foram realizados 42.533 testes no estado.
8. O que acontece quando a triagem dá positivo para alguma doença?
Em caso de qualquer alteração, os pais ou os responsáveis pelo recém-nascido são chamados pela Apae Vitória para a realização de novos exames e avaliação clínica para confirmação diagnóstica. Vale ressaltar que uma triagem positiva não significa, necessariamente, que o bebê possui a doença, por isso é precisa realizar outros exames para excluir ou confirmar alguma condição.
9. O Teste do Pezinho detecta a Síndrome de Down?
É uma confusão comum, mas o Teste de Pezinho não detecta a Síndrome de Down.
10. Por que o Teste do Pezinho é tão importante?
As doenças investigadas pelo Teste do Pezinho são assintomáticas no período neonatal (0 a 28 dias de vida) e podem levar à deficiência intelectual ou afetar gravemente a saúde da criança. No entanto, quando essas doenças são detectadas dentro de um prazo adequado e o tratamento é iniciado, a chance de impedir o desenvolvimento de sequelas é muito grande.
“Durante o Junho Lilás, são realizadas diversas campanhas para conscientizar a população sobre a importância do Teste do Pezinho nos primeiros dias de vida do bebê, garantindo um diagnóstico rápido e um tratamento adequado, caso necessário. Esperamos que, em um futuro próximo, o governo consiga fornecer gratuitamente a triagem ampliada, que rastreia 50 doenças, para todas as famílias”, afirmou Maria das Graças Vimercati, presidente da Feapaes-ES.
A presidente da Federação das Apaes do Espírito Santo (Feapaes-ES), Maria das Graças Vimercati, enfatizou a importância da realização do exame já nos primeiros dias de vida do recém-nascido. "O teste é fundamental para o diagnóstico de doenças congênitas e genéticas que podem resultar em deficiência intelectual ou comprometer a qualidade de vida da criança", explicou.
No Espírito Santo, o Teste do Pezinho pode ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde e nas unidades hospitalares, quando o recém-nascido permanece internado após o parto. O material coletado é encaminhado ao laboratório da Apae Vitória, credenciado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) como referência no Espírito Santo para o Programa Nacional de Triagem Neonatal. A seguir, confira as principais perguntas e respostas sobre a realização do teste:
1. O Teste do Pezinho é obrigatório?
Sim, a Triagem Neonatal Biológica (TNB), mais conhecida como Teste do Pezinho, é um exame obrigatório para todos os recém-nascidos no Brasil. O exame é simples e consiste em uma pequena punção no calcanhar do bebê para coletar algumas gotas de sangue, que são depositadas em um papel-filtro específico. Após a secagem, o material é enviado para o laboratório da Apae Vitória, que atende a todo o estado.
2. Quantas doenças são rastreadas a partir do Teste do Pezinho?
No Espírito Santo, o SUS realiza gratuitamente o Teste do Pezinho básico, que tem capacidade de rastrear sete doenças: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia congênita de suprarrenal, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita.
Em 2021, entrou em vigor a Lei nº 14.154, do Governo Federal, que prevê a ampliação para 50 doenças rastreadas pelo teste. No entanto, a implementação do Teste do Pezinho Ampliado (TPA) na rede pública ocorrerá de forma gradual.
Na primeira etapa, está prevista a inclusão de doenças relacionadas ao excesso de fenilalanina, patologias relacionadas à hemoglobina e toxoplasmose congênita. Na segunda etapa, serão detectados: nível elevado de galactose no sangue, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios de betaoxidação de ácidos graxos.
Na terceira etapa, serão incluídas doenças que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa, problemas genéticos no sistema imunológico. Por fim, a partir da quinta etapa, será testada também a atrofia muscular espinhal (AME).
Atualmente, o Espírito Santo encontra-se na primeira fase de ampliação do teste.
3. É possível ter acesso ao Teste do Pezinho fora da rede pública?
Sim, o Teste do Pezinho Ampliado (TPA) é oferecido pela rede particular de saúde e também pela própria Apae Vitória por meio de convênios ou por contratação particular. De acordo com a Lei Nº 11.565, sancionada pelo governo estadual em 2022, hospitais, maternidades e todos os estabelecimentos de saúde no Espírito Santo são obrigados a orientar os pais sobre as doenças raras não detectáveis pela triagem básica e a informar sobre a existência do TPA.
4. Qual o período ideal de coleta do Teste do Pezinho?
A coleta deve ser realizada entre o terceiro e quinto dia de vida e sempre após passadas 48 horas da primeira amamentação/alimentação do recém-nascido.
5. Em quantos dias sai o resultado do Teste do Pezinho?
O resultado do Teste do Pezinho básico geralmente fica pronto em até 4 dias úteis. Para obter mais informações sobre como ter acesso ao resultado do exame, acesse o site da Apae Vitória: https://www.apaees.org.br/vitoria/home.
6. É possível realizar o exame mesmo após o período ideal de coleta?
Não há impedimento para realizar o teste após o tempo indicado. Porém, quanto mais cedo a coleta for feita, mais precocemente será iniciado o tratamento em caso de diagnóstico confirmado. "Algumas doenças podem levar a óbito nos primeiros 15, 20 dias de vida, enquanto outras, como o hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria, se não forem tratadas em tempo oportuno, podem causar atrasos irreversíveis no desenvolvimento, como a deficiência intelectual", explicou Cristina Bravin, coordenadora técnica do Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) da Apae de Vitória.
7. Quantos testes são realizados por mês no Espírito Santo?
O laboratório da Apae de Vitória realiza, em média, quatro mil testes por mês. Segundo Cristina Bravin, esse número corresponde a cerca de 85% dos recém-nascidos do estado. Em 2023, foram realizados 42.533 testes no estado.
8. O que acontece quando a triagem dá positivo para alguma doença?
Em caso de qualquer alteração, os pais ou os responsáveis pelo recém-nascido são chamados pela Apae Vitória para a realização de novos exames e avaliação clínica para confirmação diagnóstica. Vale ressaltar que uma triagem positiva não significa, necessariamente, que o bebê possui a doença, por isso é precisa realizar outros exames para excluir ou confirmar alguma condição.
9. O Teste do Pezinho detecta a Síndrome de Down?
É uma confusão comum, mas o Teste de Pezinho não detecta a Síndrome de Down.
10. Por que o Teste do Pezinho é tão importante?
As doenças investigadas pelo Teste do Pezinho são assintomáticas no período neonatal (0 a 28 dias de vida) e podem levar à deficiência intelectual ou afetar gravemente a saúde da criança. No entanto, quando essas doenças são detectadas dentro de um prazo adequado e o tratamento é iniciado, a chance de impedir o desenvolvimento de sequelas é muito grande.
“Durante o Junho Lilás, são realizadas diversas campanhas para conscientizar a população sobre a importância do Teste do Pezinho nos primeiros dias de vida do bebê, garantindo um diagnóstico rápido e um tratamento adequado, caso necessário. Esperamos que, em um futuro próximo, o governo consiga fornecer gratuitamente a triagem ampliada, que rastreia 50 doenças, para todas as famílias”, afirmou Maria das Graças Vimercati, presidente da Feapaes-ES.