Censo 2022 revela dados inéditos sobre deficiência e autismo

foto destaque
Feapaes-ES
09 de julho de 2025
Feapaes-ES reforça importância de transformar estatísticas em políticas públicas efetivas para garantir direitos e inclusão
Pela primeira vez na história do Brasil, temos dados oficiais sobre a população com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A divulgação dos resultados do Censo 2022 pelo IBGE marca um divisor de águas na luta por políticas públicas mais justas e efetivas para pessoas com deficiência e suas famílias.

Os números revelam o que há muito tempo a sociedade civil organizada e as famílias já sabiam na prática: a demanda é real, urgente e precisa ser levada a sério.

De acordo com o levantamento, 14,4 milhões de brasileiros declararam ter algum tipo de deficiência, o que representa 6,7% da população. Em relação ao TEA, o Censo oficializou pela primeira vez a existência dessa população no país, quebrando o silêncio estatístico que por décadas dificultou o planejamento e a implementação de políticas públicas adequadas.

Retrato capixaba
No Espírito Santo, os dados também impressionam: são 268 mil pessoas com deficiência e mais de 51 mil com autismo. Esses dados são mais do que números: são instrumentos de justiça. Sem dados, não há políticas públicas efetivas. Sem informação, não há inclusão verdadeira.

“A oficialização dos números permite dimensionar a demanda real, planejar atendimentos com mais precisão, buscar recursos com mais respaldo e cobrar políticas públicas com base na realidade concreta”, destaca Vanderson Gaburo, diretor social da Feapaes-ES:

O papel da Feapaes-ES
Para a Feapaes-ES, que atua há décadas na promoção de direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla e Autismo, o momento é de reafirmar compromissos e intensificar ações.

Com base nos dados, a Federação reforça sua atuação como ponte entre a estatística e a ação concreta, trabalhando para:

- Planejar e aprimorar os atendimentos;
- Apoiar as Apaes na busca por recursos;
- Fortalecer a incidência política por direitos;
- Promover acolhimento, orientação e protagonismo.

Celebrar os dados é reconhecer um avanço, mas o desafio está em garantir que eles não fiquem apenas no papel. É preciso agir com responsabilidade, compromisso e coragem para que as políticas públicas alcancem quem mais precisa.