Acolhimento às famílias e a fofura da Maria T21 marcaram o primeiro dia de programação da Feapaes-ES no Reconecta

O primeiro dia de atividades do Espaço Diálogos da Inclusão, nesta quarta-feira (6), dentro da programação do Reconecta, foi marcado por debates sobre o acolhimento às famílias, a parentalidade e pela apresentação especial da simpática robô capixaba, Maria T21. O espaço é organizado pela Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo (Feapaes-ES) e, além das palestras, contou com a apresentação de trabalhos realizados pelas Apaes, coirmãs e outros parceiros.
A programação foi oficialmente aberta às 14 horas pelo presidente da Feapaes-ES, Vanderson Gaburo, que agradeceu a participação das coirmãs e parceiros e reforçou a importância de um evento voltado para a inclusão de pessoas com deficiência.
“Eventos como o Reconecta são muito importantes para a inclusão no mercado de trabalho e em outros espaços sociais. Precisamos falar sobre o tema, mas também precisamos praticar a inclusão. Criar oportunidades reais para essas pessoas”, destacou.
Em seguida, a terapeuta familiar do Núcleo de Acolhimento à Família de Pessoas com Deficiência Intelectual e/ou Múltipla e Autismo (NAF), Sarah Fardin, explicou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo núcleo desde a sua criação pela Feapaes-ES, em 2022.
O NAF atende famílias de pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla e autismo que ainda estão na lista de espera de alguma instituição por algum tipo de atendimento. De forma gratuita, o núcleo faz atendimento por teleatendimento ou por e-mail para orientar e garantir os direitos de inclusão dessas famílias.
Até o momento, 807 famílias foram atendidas pelo NAF. “É um serviço de utilidade pública que, além de oferecer informação e orientação, garante direitos e voz às pessoas que ainda não são assistidas nas instituições”, explicou Sarah.
Dando continuidade à programação, Clisciane Cupertino, professora especialista em psicomotricidade, explicou como essa abordagem terapêutica consegue ajudar crianças autistas no desenvolvimento sensorial, motora e emocional. Já a coordenadora do centro de atenção integral à família da Vitória Down, Carolina Brancato, trouxe o conceito de parentalidade consciente.
Experiências compartilhadas
A simpatia da robô capixaba Maria T21, criada para auxiliar crianças com Síndrome de Down e diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), também foi um dos destaques do Espaço Diálogos da Inclusão. Desenvolvida por pesquisadores do Laboratório de Robótica e Tecnologia Assistiva da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), ela tem a missão de tornar as terapias mais divertidas, permitindo que as crianças exercitem a coordenação motora, a memória e a comunicação por meio de jogos interativos.
Ao lado de Claudia Moura, consultora técnica em Educação da Feapaes-ES, o pesquisador João Antônio Panceri, um dos responsáveis pela Maria T21, contou mais sobre tecnologia assistiva e compartilhou sua experiência com a robô, que há dois anos vem auxiliando os assistidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Vitória.
Encerrando a programação do Espaço Diálogos da Inclusão, a Associação dos Amigos dos Autistas do Estado do Espírito Santo (Amaes) abordou o trabalho realizado pelo Grupo de Apoio e Orientação às Famílias de Pessoas com Autismo. Michele Cristina, Victor Franzoni Patez e Elisa Cirilo representaram a instituição e compartilharam experiências de acolhimento com essas famílias e a importância de uma rede de apoio para elas.
O Reconecta
A Conferência e Exposição Estadual de Inclusão e Acessibilidade, denominada Reconecta, está sendo realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, na Enseada do Suá, em Vitória. Durante o evento, a Feapaes-ES foi responsável por uma programação especial, na quarta-feira (6) e quinta-feira (7), com importantes debates sobre empregabilidade e o trabalho desenvolvido pela Federação, Apaes e Coirmãs.
“Atuar na organização do Reconecta é uma grande responsabilidade e um orgulho para a Feapaes-ES. Sabemos que eventos como esse levarão uma importante mensagem: pessoas com deficiência não querem a piedade de ninguém, querem oportunidade, com as condições para que possam desenvolver seu potencial", ressaltou Vanderson Gaburo, presidente da instituição.